UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA


Avaliação Final do Componente
Curricular: Contexto Planetário 2016.1
Docente: Paulo Dimas Rocha de Menezes
Discentes: Fredson Pereira de Oliveira Santos 201501594
Fabio Santos de Oliveira 2015000305

Hitalo Romario Modesto Prates 201501754


PROJETO DE INCLUSÃO DIGITAL NAS COMUNIDADES TRADICIONAIS

RESUMO
 A história que, num passado remoto, originou o surgimento dos quilombos, é relatada por muitos unicamente sob o ponto de vista histórico, um povo escravizado e forçado ao trabalho pesado e excessivo, padecendo pelo castigo e maus tratos orquestrado sob o açoite do chicote dos feitores sobre os “lombos”
. O objetivo desse projeto e levar o desenvolvimento tecnológico as comunidades tradicionais, de início os quilombolas, para que possam melhorar sua qualidade de vida, buscando novas oportunidades de empregos via internet, ajudando as comunidades a se familiarizar com as plataformas de ensino, comumente chamadas de TIC’s, colaborar na didática tecnológica na elaboração e realização de atividades de letramento digital, incentivar a busca por conhecimentos tecnológicos através de exercícios práticos. Esse projeto pode ser implementado em parcerias com instituições públicas como Universidades, Institutos Federais, iniciativa privada e representantes das comunidades tradicionais na criação de uma bancada, com objetivo de realizar um levantamento através de pesquisas, conhecendo as principais dificuldades encontradas pelas comunidades no acesso a tecnologia. Espera-se como resultados, que essas comunidades estejam completamente familiarizadas com todas as ferramentas tecnológicas disponíveis, dando-lhes autonomia para aplicar no cotidiano de seu território os conhecimentos tecnológicos adquiridos durante todo o processo de aprendizagem.

INTRODUÇÃO

 A história que, num passado remoto, originou o surgimento dos quilombos, é relatada por muitos unicamente sob o ponto de vista histórico. Nesse contexto, um povo escravizado e forçado ao trabalho pesado e excessivo, padecendo pelo castigo e maus tratos orquestrado sob o açoite do chicote dos feitores sobre os “lombos”. Na oportunidade, fugiam para as matas em desesperada defesa da própria existência biológica, formando as comunidades quilombolas (Fiabani, 2005: p. 256-257).
 Durante muito tempo pouco se falou sobre o assunto, de tal forma que na imaginação de muitos, os quilombos deixaram de existir com o fim do sistema escravocrata, em 1888 (Cartilha Formação com Jovens Quilombolas, 2012 – p.7). Entretanto, essa questão entrou na pauta nacional, principalmente a partir da Constituição Federal de 1988. Desde então, o tema vem se transformando em grande relevância nacional e amplamente discutido em vários seguimentos da sociedade. Apesar disso, ainda existe uma parcela de pessoas que se surpreende ao saber que, atualmente, ainda existe as comunidades remanescentes quilombolas.
 Tratar desse assunto é de fundamental importância para fomentar na sociedade a necessidade de debate, buscando o reconhecimento das comunidades remanescentes quilombolas, valorizando sua história e proporcionando-lhes condições dignas de sobrevivência, e nesse espaço que se caracteriza a “Aldeia Global”
“A comunidade mundial concretizada com as realizações e as possibilidades de comunicação, informação e fabulação abertas pela eletrônica. [Na aldeia global] Províncias, regiões e nações, bem Como cultura e civilizações, são atravessadas e articuladas pelos sistemas de informação e comunicação” (IANNI, 1995, p.228).
 Nesse sentido, é importante que essa comunicação chegue de forma a alcançar comunidades remotas, carentes de informações e de uma didática tecnológica. Para o sucesso desse projeto, utilizamos todas as ferramentas possíveis dentro dos três pilares fundamentais, como nos mostra (FILHO, 2003). “Três pilares formam um tripé fundamental para que a inclusão digital aconteça: TIC’s, renda e educação. Não é difícil vaticinar que sem qualquer um desses pilares, não importa qual combinação seja feita, qualquer ação está fadada ao insucesso.
 A internet foi de grande ajuda, nos deu acesso a informações importantes que possibilitou o enriquecimento do trabalho, tornando-o muito mais pujante e completo em dados. Além disso, buscamos informações de campo, colhendo a verdade de vida das pessoas que vivem nas comunidades remanescentes quilombolas. Além da carência de apoio dos governantes, as comunidades necessitam de um maior desenvolvimento social, econômico, apoio cultural, ambiental e tecnológico, é por isso que a informática constitui-se em importante ferramenta de aprendizagem, valorização e reprodução cultural como afirma IANNI, 1995.
“É claro que a informática e as telecomunicações jogam um papel importante no processo de mundialização, acelerando ritmos, generalizando articulações, abrindo novas possibilidades de dinamização das forças produtivas, criando meios rápidos, instantâneos e abrangentes de produção e reprodução material e cultural” (IANNI, 1999, pág. 55).

OBJETIVO GERAL

 Esse projeto tem por objetivo levar o desenvolvimento tecnológico as comunidades tradicionais, de início os quilombolas, para que possam melhorar sua qualidade de vida, buscando novas oportunidades de empregos via internet, possam também estudar diversos assuntos, que a grande rede  disponibiliza, assim trazer benefícios para sua vida pessoal e profissional, capacitando essas comunidades tradicionais para utilização e desenvolvimento do letramento digital, tendo a tecnologia como ferramenta de apoio ao conhecimento didático.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Ajudar as comunidades a se familiarizar com as plataformas de ensino, comumente chamadas de TIC’s, colaborar na didática tecnológica, na elaboração e realização de atividades de letramento digital, incentivar a busca por conhecimentos tecnológicos através de exercícios práticos, familiarizar as comunidades com os aspectos físicos da computação, incentivar a pesquisa territorial com compromissos na sustentabilidade e na preservação da diversidade cultural, tendo como alvo as diferentes comunidades tradicionais, sejam elas em áreas urbana ou rurais.

METODOLOGIA

 Esse projeto pode ser implementado em parcerias com instituições públicas como Universidades, Institutos Federais, iniciativa privada, representantes das comunidades tradicionais na criação de uma mesa de debate, com objetivo de realizar um levantamento através de pesquisas, conhecendo as principais dificuldades encontradas pelas comunidades no acesso a tecnologia, realização de encontros para apresentação do projeto, discutir melhorias e formas de aplicação sustentável do plano, apoio a pesquisa, discutir formas de atrair profissionais de licenciaturas, bacharelados e técnicos na construção de um cronograma didático e debater formas de contratação desses profissionais, assim como a sua permanência, levantamento do orçamento para realização do projeto, levantamento das ferramentas que serão utilizadas e das necessidades didáticas do projeto, definir parâmetros e regras para escolha do espaço físico sem prejudicar a biodiversidade da área, traçar metas e objetivos.

                                                RESULTADOS ESPERADOS

 Espera-se como resultados, que essas comunidades estejam completamente familiarizadas com todas as ferramentas tecnológicas disponíveis, dando-lhes autonomia para aplicar no cotidiano de seu território os conhecimentos tecnológicos adquiridos durante todo o processo de aprendizagem, espera-se também, incentivar a pesquisa visando a continuidade da preservação e a consolidação das culturas locais e de seus direitos, continuidade da busca por conhecimentos tecnológicos e didáticos, pluralidade socioambiental, econômica e cultural dos povos e comunidades tradicionais como visa o DECRETO Nº 8.750, DE 9 DE MAIO DE 2016 que foi instituído o Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais, antes Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de 7 de Fevereiro de 2007.


REFERÊNCIAS.

[1] FILHO, A. M. S. Os Três Pilares da Inclusão Digital (2003). Revista Espaço Acadêmico- Ano III – N°24- Maio de 2003.

[2] IANNI, O. Teorias da globalização. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.

[3] IANNI, O. A era do Globalismo. 4. Ed. Rio de Janeiro: A Cidade Global 1999

[4] Fiabani, A. - O quilombo antigo e o quilombo contemporâneo: verdades e construções. Associação Nacional de História – ANPUH 2007.

[5] Prioste, F. & Barreto, A. – Território quilombola, uma conquista cidadâ. Novembro 2012. 

Comentários

Postagens mais visitadas