Humanas Interdisciplinar
Reflexão sobre os vídeos Ilha das Flores, Boca do Lixo e o texto Vista cansada
Universidade e Sociedade
Orientador. Humberto Zaidan
É certo que vivemos em sociedade e como seu significado bem diz, sociedade É um grupo de individuo que formam um sistema semiaberto, no qual a maior parte das interações e feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo.
Uma sociedade é uma rede de relacionamento entre pessoas. Uma sociedade e uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas em comunidade organizada¹.
Uma sociedade é uma rede de relacionamento entre pessoas. Uma sociedade e uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas em comunidade organizada¹.
Se a sociedade e interdependente, então acredito que esteja um pouco desigual, ou, pelo menos, a distancia socioeconômica entre ricos e pobres continua crescendo e bem longe dos holofotes, pelo menos e isso que nos mostra os documentários Ilha das Flores e Boca do Lixo, mas apesar dessa mesma sociedade se mostrar interdependente em toda a trajetória na figura de um tomate no vídeos Ilha das Flores, o mesmo não chega com as mesmas condições para os mais pobres, nos levando a acreditar que o capitalismos e seu consumismo desacerbado contribuem para tamanha desigualdade social, onde os indivíduos que não tem dinheiro logo não possui condições de adquirir alimentos de qualidade, ficando a mercê dos restos de comida descartados pela própria sociedade da qual ele faz parte. Já em Boca do lixo, percebe-se no decorrer do filme ate sua metade, que os indivíduos envolvidos se mostram satisfeitos por estarem naquelas condições e deixam bem claro que optaram por estarem ali, alguns se utilizam do lixo como meio para obter renda, mostrando uma visão diferente do documentário Ilha das Flores.
É claro que a sociedade tem um papel fundamental na vida do cidadão, podendo transformar e ser transformada, alias, sem o ser humano não existiria nada semelhante, mas devemos evoluir e dar condições para todos seguirem o mesmo caminho, um corpo social transformador de cidadão começa pela transformação do próprio individuo, dando-lhe condições de aprimorar tudo que o envolve, sendo dinâmica e evolutiva, inovando e renovando seus conceitos de ensino, de interatividade, sempre se adequando ao quadro social atual.
Assista:
Ilha das flores
Boca do lixo
1. SOCIEDADE. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2015. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sociedade&oldid=42436956>. Acesso em: 20 jul. 2015.
Ficou curioso? quer assistir os videos? então basta clicar nos títulos abaixo.
SEU COMENTÁRIO, SUGESTÃO OU OPINIÃO SEMPRE SERÁ DE GRANDE VALOR.
JARDIM GRAMACHO
Continuando com o desenvolvimento do componente Universidade e Sociedade, o encontro foi desenvolvido sobre o vídeo(documentário) do aterro Jardim Gramacho. O maior da América Latina que também já foi cenário de outro filme premiado, “Estamira” (2004), de Marcos Prado. Cerca de 75% de todo o lixo produzido na capital do Rio de Janeiro e nas cidades de Duque de Caxias, Nilópolis, Queimados e São João de Meriti são depositados na região, aproximadamente 9 mil toneladas de lixo por dia. Oficialmente, a previsão é a de que o aterro seja fechado este ano, mas segundo o administrador do local, Lúcio Alves, “um lugar que recebe essa quantidade de lixo por dia levará algum tempo para encerrar de vez suas atividades. É um processo lento que deverá durar pelo menos dois anos”. afirmou¹.
Neste documentário nos e mostrado um pouco da vida dos catadores em relação ao aterro, muitos dependente do que ele produz, seja com plásticos, papelão , materiais finos, ferro. O documentário não mostra com clareza o dia a dia desses trabalhadores, é certo que muitos deles talvez a maioria esteja lá por comodismo, ou apenas por um determinado tempo ate encontrar outro trabalho, como relatou um dos entrevistados, por não saberem outra profissão ou até mesmo por gostar do que faz, gostar dos dos amigos.
Em 3 de junho de 2012, data do fechamento do aterro sanitário, o então prefeito na época Eduardo Paes informou que, depois dos pagamentos das indenizações dos últimos catadores pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o município de Duque de Caxias terá que criar mecanismos de inclusão social². O recém-lançado Programa de Inclusão Social dos Catadores, mais um fundo destinado aos trabalhadores do local. A inciativa é do Banco Mundial em parceria com o governo japonês e a Caixa Econômica, responsável pela administração dos recursos no Brasil. O acordo foi assinado, e um financiamento a fundo perdido de US$2,7 milhões beneficiará, segundo o banco, pessoas que vivem da reciclagem informal¹.
Hoje existe cooperativas e associações de catadores que ajudam todos esses trabalhadores e se capacitarem e ficarem informados sobre sua atividade, temos por exemplo a ACAMJG associação dos catadores metropolitanos do aterro Jardim Gramacho, que funciona no Jardim Gramacho e serve como um guia para os trabalhadores, capacitando e instruindo a comunidade.
Hoje existe cooperativas e associações de catadores que ajudam todos esses trabalhadores e se capacitarem e ficarem informados sobre sua atividade, temos por exemplo a ACAMJG associação dos catadores metropolitanos do aterro Jardim Gramacho, que funciona no Jardim Gramacho e serve como um guia para os trabalhadores, capacitando e instruindo a comunidade.
1_ Aterro de Jardim Gramacho marca presença no Oscar Evandro Lima Rodrigues e Stéphanie Saramago - Do Portal, 2011. disponível em:<http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/Texto/Cultura/Aterro-de-Jardim-Gramacho-marca-presenca-no-Oscar-8766.html#.VeZLWfZVhVV> .Acesso em 24 de Agosto de 2015.
2_JARDIM GRAMACHO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2015. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jardim_Gramacho&oldid=43097735>. Acesso em: 2 set. 2015.
Vista Cansada
Como relacionar os vídeos Ilha das Flores, Boca do lixo e Jardim Gramacho com o texto Vista Cansada de Otto Lara Resende em sua obra 'Biografias"? Basta uma pequena olhada nos vídeos e logo percebemos uma relação.
Esses vídeos já não tem o mesmo impacto, eles não nos emociona como deveria pois já acostumamos com esse tipo de cenário, é comum passarmos por moradores de rua, pessoas com enfermidades, pedintes, flanelinhas, que não nos incomoda mais, essa situação é bastante comum, acontece diariamente, não nos importamos mais com o próximo, agora oquê guia nossas vidas e a vontade de vencer. Passamos todos os dias pelas mesmas pessoas e não percebemos, você se lembra pra quem deu Bom dia hoje? a correria e tão grande que mal mente lembramos oquê comemos no almoço.
Admito que também sou assim, saiu cedo, trabalho o dia todo e quando chega a noite tenho outros problemas para resolver, com quem falei durante o dia? se foi muito importante eu sei, mas, se não foi, desconheço ate sua face, se era alto, magro, careca e muito menos se falei bom dia ou oi, acho que levei muito a serio aquela frase que diz, ''cada um cuida da sua própria vida". Não e bem assim, vivemos em sociedade, comunidade, isso requer cordialidade e compromisso com o bem está social, para que a sociedade seja saudável e preciso ajudar a resolver os problemas dela, vejam o exemplo das formigas¹, seres extremamente organizados, com um nível de sociedades avançada, cada uma tem função especifica e ajudam a manter sua colonia organizada.
Hoje tenho consciência de quê fazendo minha parte, não tapando os olhos para o mundo, para a realidade, estarei contribuindo para melhorar minha vida, dos meus amigos, familiares, colegas e todos que fazem parte dessa sociedade. E difícil eu sei, para Otto, "temos que voltar a enxergar como uma criança, como um papai vendo seu filho pela primeira vez".
Esses vídeos já não tem o mesmo impacto, eles não nos emociona como deveria pois já acostumamos com esse tipo de cenário, é comum passarmos por moradores de rua, pessoas com enfermidades, pedintes, flanelinhas, que não nos incomoda mais, essa situação é bastante comum, acontece diariamente, não nos importamos mais com o próximo, agora oquê guia nossas vidas e a vontade de vencer. Passamos todos os dias pelas mesmas pessoas e não percebemos, você se lembra pra quem deu Bom dia hoje? a correria e tão grande que mal mente lembramos oquê comemos no almoço.
Admito que também sou assim, saiu cedo, trabalho o dia todo e quando chega a noite tenho outros problemas para resolver, com quem falei durante o dia? se foi muito importante eu sei, mas, se não foi, desconheço ate sua face, se era alto, magro, careca e muito menos se falei bom dia ou oi, acho que levei muito a serio aquela frase que diz, ''cada um cuida da sua própria vida". Não e bem assim, vivemos em sociedade, comunidade, isso requer cordialidade e compromisso com o bem está social, para que a sociedade seja saudável e preciso ajudar a resolver os problemas dela, vejam o exemplo das formigas¹, seres extremamente organizados, com um nível de sociedades avançada, cada uma tem função especifica e ajudam a manter sua colonia organizada.
Hoje tenho consciência de quê fazendo minha parte, não tapando os olhos para o mundo, para a realidade, estarei contribuindo para melhorar minha vida, dos meus amigos, familiares, colegas e todos que fazem parte dessa sociedade. E difícil eu sei, para Otto, "temos que voltar a enxergar como uma criança, como um papai vendo seu filho pela primeira vez".
Será que somos protagonistas em nossas vidas?
É muito difícil responder a essa pergunta, veja bem. Muitos tentam tomar a rédia de suas vidas, porém o sistema e cruel e parcial, não tolera erros, muito menos posições ou opiniões contrarias.
A mídia nos empurra seus produtos, seus garotos ou garotas propaganda, seu modo de vida ideal goela a baixo todos os dias, um padrão de vida inacessível para a maioria, somos forçados a aceitar e criticados e excluídos se formos contrários.
É claro que nos videos acima debatidos, os personagens não são protagonistas, com certeza, nenhum deles gostariam de está nestas condições, mas a situação que os envolve talvez tenham forçados a procurar maneiras de sobreviver e catar lixo tenham sido uma delas.
Cada um tem um historia, cada um tem seu passado, é muito difícil analisar o presente sem ter conhecimento do passado, mas oque fica e o desejo de promover oportunidades para todos caminharem rumo a um futuro melhor, desta vez sendo protagonistas.
A mídia nos empurra seus produtos, seus garotos ou garotas propaganda, seu modo de vida ideal goela a baixo todos os dias, um padrão de vida inacessível para a maioria, somos forçados a aceitar e criticados e excluídos se formos contrários.
É claro que nos videos acima debatidos, os personagens não são protagonistas, com certeza, nenhum deles gostariam de está nestas condições, mas a situação que os envolve talvez tenham forçados a procurar maneiras de sobreviver e catar lixo tenham sido uma delas.
Cada um tem um historia, cada um tem seu passado, é muito difícil analisar o presente sem ter conhecimento do passado, mas oque fica e o desejo de promover oportunidades para todos caminharem rumo a um futuro melhor, desta vez sendo protagonistas.
Referências.
Vista cansada, Otto Lara Resende, releitura - textos, 2015. Disponível em:<http://www.releituras.com/olresende_vista.asp>. Acesso em: 2 set. 2015.
1_ FORMIGA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2015. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Formiga&oldid=43082897>. Acesso em: 2 set. 2015.
As 20 metas do PNE
Em um de nossos encontros do componente Universidade e Sociedade da UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) debatemos sobre as 20 metas do plano nacional de ensino, nesse encontro refletimos e demos nossas opiniões sobre o PNE.
Nesta ocasião, muitos de meus colegas acharam um perda de tempo, por não acreditarem que estas metas serão cumpridas, talvez pelo fato de não acreditarem mais nas promessas do governo, influenciados principalmente pela atual situação do País, alguns até deram opiniões favoráveis, mas sempre com um pé atrás, com um certo ceticismo e muitas dúvidas, Será que essas metas serão alcançadas? Será que ao final teremos bons resultados? A educação vai realmente melhorar? Infelizmente não sei e acredito que só ao final do prazo é que saberemos, até admito que estou com um pessimista em relação a algumas dessas metas, principalmente as de número 4, número 7, 9, 12, 17 e 20, não só pelo curto prazo que temos, mas principalmente pela atual situação, como investir em educação de qualidade em pouco tempo se hoje oque temos e o resultado de décadas de descaso na educação? como mudar um conceito já estabelecido e defendido com unhas e dentes pelos conservadores que prevalece ate hoje, com seus métodos ineficazes para os tempos atuais? É difícil, mas não impossível.
Como bom cidadão, mantenho minhas esperanças e estou disposto a ajudar, contribuindo, para que tenhamos ao final do prazo uma educação de qualidade, torço para que consigamos formar bons profissionais, excelentes educadores, grandes pensadores, escolas com educação básica de qualidade, em tempo integral ou não, espero que com essas metas possamos fomentar uma educação universal, interdisciplinar e multi inteligente, pessoas realmente completas, preocupadas com a sociedade, com a cultura, com o meio ambiente, com o individuo e com a qualidade da aprendizagem.
Conheça mais sobre as metas do PNE em: http://pne.mec.gov.br/conhecendo-o-pne
Saiba mais sobre o planejamento em:
Pedagogia da Autonomia no Ensino
Superior
Paulo Freire
Discussão em sala de aula
Na sala, falamos um pouco sobre o livro Pedagogia da Autonomia no ensino superior Paulo Freire 1996, em seu livro Freire trata de maneira bastante completa a atuação do educador em relação ao modo didático aplicado atualmente.
De acordo com Freire, o ensino tem quer ter ética e coerência, tem que saber dosar a teoria e pratica, incentivar a troca de conhecimento entre docentes e discentes, valorizando o novo, para Freire, e necessário que todos tenham certos conhecimentos em comum alem de suas especificidades, Enfatiza a necessidade do professor está sempre preparado, educador consciente, munido de autoridade e saberes capazes de formar pessoas completas e conscientes. ¹O professor deve possibilitar a criação do conhecimento e não apenas transferi-lo, e quem educa forma, entretanto, não a ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo a um corpo vazio. Não há docência sem discência: ensinar só e possível quando se aprende e vice-versa, os sujeitos envolvidos no ato educacional não se reduzem a condição de objeto, quem ensina aprende a ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
De fato, seu modo de pensar tem impacto direto no ensino superior, estamos acostumados ao modelo de teórico decorativo, para que isso mude, e preciso primeiro mudar os conceitos das instituições, criar novos moldes, dar liberdade e prioridade aos indivíduos na troca de saberes. Ninguém chega ao ensino superior vazio, todos tem uma carga de cultura e conhecimento agregada a formação e isso pode ser utilizado para estimular o interesse do educando, fazendo-o pensar com liberdade e autonomia, é imprescindível para melhor absorção dos saberes. Do mesmo modo contribuir significativamente para sua interação com o ambiente educacional.
Paulo Freire Contemporâneo - Documentário
1. Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/resenha-freire-paulo-pedagogia-da-autonomia-saberes-necessarios-a-pratica-educativa-42-ed-sao-paulo-paz-e-terra-2010-148-p/120260/#ixzz3kaPHTj70
Contribuições de Anísio Teixeira para o ensino superior brasileiro
A extensão de seu pioneirismo na educação e na cultura pode ser aferida pelas principais realizações que empreendeu, a seguir relacionadas:
1. A escola pública universal e gratuita, entendida por ele como condição essencial para a democracia que seria o regime em que “cada ser humano conta como uma pessoa”. A colocação da educação e da cultura na agenda política nacional deve-se a seu esforço pessoal e é sua obra que fundamenta, a partir de 1924, a luta pela universalização de
2. A escola pública universal e gratuita, entendida por ele como condição essencial para a democracia que seria o regime em que “cada ser humano conta como uma pessoa”. A colocação da educação e da cultura na agenda política nacional deve-se a seu esforço pessoal e é sua obra que fundamenta, a partir de 1924, a luta pela universalização de nossa escola pública gratuita;
3. Líder na renovação do panorama educacional brasileiro, a partir da década de 1920, sintetizada no “Manifesto dos Educadores pela Educação Nova”, de 1932, do qual é signatário, junto com mais 25 personalidades do mundo educacional e cultural brasileiro;
4. Pioneiro da questão ambiental, ao instituir na Bahia, em 1924, o Dia da Árvore (inicialmente 13 de maio);
5. Ênfase na arquitetura e na construção escolar: a partir dele, a escola passa a ser projetada, e não simplesmente adaptada a partir de um imóvel qualquer; Bahia (1924-28);
6. Introdutor da escola do dia inteiro, para a formação integral do “homem comum”. Começa com as escolas do tipo platoon, que trouxe de Detroit –EUA para o Rio de Janeiro-DF (1931-35). É do aprofundamento desse modelo que chega ao Centro Integrado de Educação Popular Carneiro Ribeiro, em Salvador-BA (1950), no qual acha-se incluída a internacionalmente reconhecida Escola Parque;
7. Concepção unitária do ensino secundário (1932): introdução da escola única. Antes disso, o aluno que terminava a escola técnica não podia fazer o vestibular para a educação superior;
8. Criador da Universidade do Distrito Federal (UDF), em 1935, no Rio de Janeiro. Trata-se da primeira universidade brasileira a introduzir a pesquisa como atividade regular, em todas as áreas; Membro da comissão internacional que concebeu e organizou a UNESCO (1946-47); Acoplamento da evolução do sistema escolar com o planejamento urbano, que colocou em prática na Bahia, junto com Mário Leal Ferreira e Diógenes Rebouças; (1947-51);
9. Autor da tese da “autonomia para a educação”, incluída na Constituição Baiana de 1947, segundo a qual quem dirigia a educação era o Conselho Estadual de Educação e Cultura, e não o secretário estadual de educação. Vigorou por um curto período, durante o governo Lomanto Júnior, a partir de 1963, na Bahia;
10. Principal mentor da renovação das artes e da arquitetura na Bahia (1947-1951);
11. Criação, nos estados brasileiros, de centros dedica-dos à pesquisa educacional junto com a pesquisa social. Havia o Centro Brasileiro de Pesquisa Educacional e os Centros Regionais do INEP, instalados entre 1950 e 1964;
12. Pioneiro na criação das fundações estaduais de ciência e tecnologia, com a : instalação da primeira delas, a Fundação para o Desenvolvimento da Ciência, na Bahia, em 1950, doze anos antes da segunda, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP);
13. Visando ao aperfeiçoamento dos servidores e professores das instituições públicas de ensino superior, concebeu, com Rômulo Almeida, e depois dirigiu a Comissão para o Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (CAPES (1951);
14. Criou e implantou, com Darcy Ribeiro, a Universidade de Brasília UnB) em 1961, na qual chegou a reitor. A partir da UnB, que começou suas atividades já com pós-graduação, incentivou essa atividade nas demais universidades. A UnB foi pioneira na introdução de estudos pré-universitários, que chegou a implantar, antes da destruição a cargo da ditadura, em 1965. São eles que inspiram os atuais Bacharelados Interdisciplinares, introduzidos pelo projeto da Universidade Nova, sob a liderança do Prof. Naomar Almeida Filho;
15. Introduziu o sistema nacional integrado (União, estados e municípios) de educação e cultura, cujo plano financeiro organizava-se segundo pessoal, manutenção e construção (1962);
16. Concretizou o I Plano Nacional de Educação, aprovado pelo Congresso Nacional em setembro de 1962, que chegou a ser aplicado em 1963, mas foi imediatamente sustado pela ditadura;
Inspirador do atual Programa Mais Educação, do MEC, iniciado no governo Lula, em 2007.
Contribuições de Anísio Teixeira para a renovação da educação brasileira, João Augusto de Lima Rocha, APUB Sindicato, 2015. Disponível em <http://apub.org.br/?page_id=11418>. Acesso em; 2 de setembro de 2015
O que é uma Universidade para você? e O que representa a Universidade nos seus planos de vida?
A universidade pra mim, é um renascimento aprimorado, na universidade aprendemos a enxergar o mundo de varias formas, a perceber algo a mais, a universidade aprimora seus conceitos suas habilidades, floresce seu talento e ajuda a reconhecer outros que ate então estavam adormecidos.
Quando entrei na Universidade a primeira impressão que tive, era de total isolamento, me sentir deslocado e ate inferior aos demais colegas. Tinha ao meu lado, profissionais formados e outros com uma certa experiência acadêmica, realmente seria muito desafiador pra mim, competir com tais graduados, felizmente a proposta da Nova Universidade (UFSB) se utiliza dos conceitos de Paulo Freire e Anísio Teixeira e uma deles e ter uma universidade de todos para todos, não apenas levar a universidade a comunidade mais trazer a comunidade para dentro da universidade, uma universidade onde você interage de maneira solida com seus colegas e comunidade, enriquece o dialogo e facilita o aprendizado.
Com uma metodologia de ensino interdisciplinar, a universidade força o aluno a desaprender para depois aprender de forma mais completa, primeiro prepara o individuo e só depois da formação geral, que dura 1 ano, nos discentes iremos para a área que mais nos adaptamos, podendo até mudar de curso caso se arrependa, passamos por varias áreas e la conhecemos e absorvemos vários conhecimentos. É desse modo vejo a universidade como um renascimento, você morre para o antiquado e nasce para o novo sem desperdiçar conhecimentos já adquiridos, sem desprezar suas culturas.
Desta forma, a Universidade concebe papel importante para minha formação, para a grandeza do conhecimento, e uma verdadeira representante da minha terra, do meu futuro com uma formação mais completa e humanista, da restauração da minha cultura e do desenvolvimento profissional.
Como parte da atividade de avaliação do quadrimestre vigente, nos alunos ficamos com a difícil porém agradável missão de visitar escolas públicas no intuito de divulgar a Universidade Federal do Sul da Bahia.
A escola escolhida para visita foi Colégio Estadual General Osório, O critério para essa escolha foi devido a localidade , por ser periferia, afastado do centro, onde está a comunidade mais carente. Apesar de frustrante a minha visita, pelo pouco numero de alunos na sala, não passava de 15, ainda assim, foi agradável ver que esses poucos se interessaram pela universidade. A medida em que falávamos da UFSB, da sua metodologia de ensino, da forma de ingresso, das propostas em sala de aula, dos encontros em sala, foi surgindo duvidas e perguntas sobre a universidade tornando a conversa descontraída e dinâmica. É como já era de se esperar, a maioria das duvidas se dava aos cursos oferecidos e entre os mais debatidos foi o de Artes.
No geral, apesar de poucos alunos, a visita foi boa, fomos bem recebidos pelos professores, pela diretoria e alunos, conseguimos cumprir com o objetivo, que era de levar para os alunos de escolas publicas da periferia a importância de ter um curso superior como instrumento de mudança pessoal e profissional, falar um pouco sobre a Universidade Federal do Sul da Bahia e a importância do ENEM como forma de ingresso à Universidade.
Fredson Pereira de Oliveira Santos
Sobre a visita às escolas
Como parte da atividade de avaliação do quadrimestre vigente, nos alunos ficamos com a difícil porém agradável missão de visitar escolas públicas no intuito de divulgar a Universidade Federal do Sul da Bahia.
A escola escolhida para visita foi Colégio Estadual General Osório, O critério para essa escolha foi devido a localidade , por ser periferia, afastado do centro, onde está a comunidade mais carente. Apesar de frustrante a minha visita, pelo pouco numero de alunos na sala, não passava de 15, ainda assim, foi agradável ver que esses poucos se interessaram pela universidade. A medida em que falávamos da UFSB, da sua metodologia de ensino, da forma de ingresso, das propostas em sala de aula, dos encontros em sala, foi surgindo duvidas e perguntas sobre a universidade tornando a conversa descontraída e dinâmica. É como já era de se esperar, a maioria das duvidas se dava aos cursos oferecidos e entre os mais debatidos foi o de Artes.
No geral, apesar de poucos alunos, a visita foi boa, fomos bem recebidos pelos professores, pela diretoria e alunos, conseguimos cumprir com o objetivo, que era de levar para os alunos de escolas publicas da periferia a importância de ter um curso superior como instrumento de mudança pessoal e profissional, falar um pouco sobre a Universidade Federal do Sul da Bahia e a importância do ENEM como forma de ingresso à Universidade.
Experiencia do Sensível
Fredson Pereira de Oliveira Santos
Orientadora: Janaina Zito Losada
Julho 2015
TERRA
Eu por exemplo, levei um punhado de terra que retirei da casa da minha avó, mais especificamente da entrada onde está plantado um pé de cacau, ali meus pais se conheceram, minha família se formou, viveu momentos bons e ruins, foi onde cresci, dei meus primeiros passos, minhas primeiras palavras, conheci meus primeiros colegas, foi meu primeiro mundo. E relembrando esses fatos percebi a importância de sentir, respirar e viver cada objeto, cada criatura que nos cerca fazendo parte do nosso dia e do nosso mundo.
Continuando com nossas experiencias na sala de aula, tivemos como tema, água, e como grapiúna que sou nascido e criado em Itabuna, interior da Bahia, não poderia falar de outra água se não á do próprio rio Cachoeira. O meu relato fala da vivência as margens desse belo Rio,a começar pelo fato de te-lo como principal sustento da minha família, quando chegou na cidade, minha adorável "Mainha", minha Avó, que hoje não mais está conosco, teve que criar seus 13 filhos sozinha, não foi fácil devo dizer, em vários de seus relatos, Mainha fazia questão de dizer para nos, seus netos, que se hoje estamos vivos e por causa da sua luta, dramático confesso, e de seus filhos mais novos, como meu pai por exemplo, ajudavam ela a carregar bacias de roupas para lavar e ganhar alguns trocados, trocados esse que matava a fome de todos, permanecendo assim por vários anos.
A minha convivência com o Rio Cachoeira não foi de trabalho, porém por varias vezes pesquei e também me alimentei dele quando mais jovem, brinquei nas suas águas, fiz malabarismo dentro delas e me projetei como uma pessoa determinada, quando o desafiei e venci, isso mesmo, venci o Rio Cachoeira, quando me pôs aprender a nadar em águas fundas, derrubando meu medo, conseguindo apreciar seu abraço gelado e confortante em volta do meu corpo.
Hoje, ao passar por suas margens, fico imaginando como algo tão bom, que sustentou a minha família e de varias outras pessoas está nessas condições, sujo, fedendo e mal mente usado para alimentação, já não vejo mais pessoas tomando banho e se divertindo as suas margens, não vejo mais alegria. Somos culpados por toda essa degradação do rio cachoeira, todos, sem exceção, e temos como obrigação contribuir para que se torne um rio alegre novamente.
1.
INTRODUÇÃO.
5.1.
Cenário
Atual Socioeconômico nas Regiões Sul e Extremo Sul da Bahia
6.
CONCLUSÃO
²REVISTA Eletrônica de
Geografia y Ciências Sociales. A CRISE DO ESTADO DE BEM ESTAR E A
CARACTERIZAÇÃO DE PROCESSOS TERRITORIAIS DA MIGRAÇÃO NO BRASIL, Maria Lucia
Pires Menezes, Disponível em:<http://www.ub.edu/geocrit/sn-94-85.htm>.
Acesso em 10 de novembro de 2015.
Terra retirada do pé de Cacau da casa da minha avó |
Em primeiro lugar gostaria de esclarecer que Experiência do Sensível não e uma matéria, é um componente curricular, assim tratamos nossas experiências com componentes de aprendizagem na UFSB, em segundo ES não significa ser sensível, significa está sensível e esse ''está sensível'' não é de apenas de expressão corporal e também de percepção corporal e mental, é sentir o espaço ao seu redor, sentir os objetos que vós cerca, ver oquê geralmente não vemos por causa da rotina e da correria diária, é compreender seu mundo e de seus pares afim de interagir e socializar de modo mais completo e objetivo.
Na Aula da ''TERRA'', os alunos levaram um pedacinho de terra que significasse algo pra si, devo dizer que nem todos tiraram esse ''bocadinho'' de terra da onde queriam mas todos conseguiram dar significado a ela mesmo não sendo do local desejado, e digo mais, conseguiram colocar sentimentos relembrando vários momentos da infância, do seu local de origem, dos parentes, das brincadeiras, dos momentos importantes da vida dos quais aos poucos estavam se perdendo.
ÁGUA
Continuando com nossas experiencias na sala de aula, tivemos como tema, água, e como grapiúna que sou nascido e criado em Itabuna, interior da Bahia, não poderia falar de outra água se não á do próprio rio Cachoeira. O meu relato fala da vivência as margens desse belo Rio,a começar pelo fato de te-lo como principal sustento da minha família, quando chegou na cidade, minha adorável "Mainha", minha Avó, que hoje não mais está conosco, teve que criar seus 13 filhos sozinha, não foi fácil devo dizer, em vários de seus relatos, Mainha fazia questão de dizer para nos, seus netos, que se hoje estamos vivos e por causa da sua luta, dramático confesso, e de seus filhos mais novos, como meu pai por exemplo, ajudavam ela a carregar bacias de roupas para lavar e ganhar alguns trocados, trocados esse que matava a fome de todos, permanecendo assim por vários anos.
A minha convivência com o Rio Cachoeira não foi de trabalho, porém por varias vezes pesquei e também me alimentei dele quando mais jovem, brinquei nas suas águas, fiz malabarismo dentro delas e me projetei como uma pessoa determinada, quando o desafiei e venci, isso mesmo, venci o Rio Cachoeira, quando me pôs aprender a nadar em águas fundas, derrubando meu medo, conseguindo apreciar seu abraço gelado e confortante em volta do meu corpo.
Hoje, ao passar por suas margens, fico imaginando como algo tão bom, que sustentou a minha família e de varias outras pessoas está nessas condições, sujo, fedendo e mal mente usado para alimentação, já não vejo mais pessoas tomando banho e se divertindo as suas margens, não vejo mais alegria. Somos culpados por toda essa degradação do rio cachoeira, todos, sem exceção, e temos como obrigação contribuir para que se torne um rio alegre novamente.
UM POUCO SEM SENTIDO
Retornamos para mais um relato, dessa vez sobre a aula mais intrigante e reveladora desse quadrimestre, a aula UM POUCO SEM SENTIDO, A proposta desse encontro e ficarmos por alguns minutos sem um de nossos sentidos, a atividade foi realizada no próprio campi Jorge Amado, a ideia era ficarmos com os olhos vendados enquanto somos guiados por um de nossos colegas.
Devo dizer que inicialmente a sensação e de total dependência do guia, e como se a vida dependesse dele, ressonando para os demais em sua volta, me lembrou muito uma instrução que tive no exército no ano de 2000, no 2°BPE, nos alunos ficamos no mato de madruga, sem um minimo de visão, agarrados apenas a uma linha que cortava o acampamento, objetivo era atravessar todo acampamento segurando a linha com barulho de tiros e pequenas explosões a todo instante, esses artifícios era usado para nos distrair nos fazendo perder a concentração e por consequência desgarrar da linha, que nesse caso significava ficar desorientado onde numa guerra e sinônimo de morte. Essa aula foi em termos de sensação parecidíssima com a instrução do exército, realmente me sentir vulnerável, dependente de algo externo, não estava no controle, logo de cara você acha que sempre vai tropeçar em algo, bater a cara em alguma parede, e o mais incrível, você sempre acha que todos que está em sua volta, também não esta te enxergando, e realmente surpreendente, seu mundo fica totalmente escuro e sem sentido sua unica chance de sobrevivência e o seu guia, forçando a confiar, criando uma relação ambígua com ele.
Devo dizer que inicialmente a sensação e de total dependência do guia, e como se a vida dependesse dele, ressonando para os demais em sua volta, me lembrou muito uma instrução que tive no exército no ano de 2000, no 2°BPE, nos alunos ficamos no mato de madruga, sem um minimo de visão, agarrados apenas a uma linha que cortava o acampamento, objetivo era atravessar todo acampamento segurando a linha com barulho de tiros e pequenas explosões a todo instante, esses artifícios era usado para nos distrair nos fazendo perder a concentração e por consequência desgarrar da linha, que nesse caso significava ficar desorientado onde numa guerra e sinônimo de morte. Essa aula foi em termos de sensação parecidíssima com a instrução do exército, realmente me sentir vulnerável, dependente de algo externo, não estava no controle, logo de cara você acha que sempre vai tropeçar em algo, bater a cara em alguma parede, e o mais incrível, você sempre acha que todos que está em sua volta, também não esta te enxergando, e realmente surpreendente, seu mundo fica totalmente escuro e sem sentido sua unica chance de sobrevivência e o seu guia, forçando a confiar, criando uma relação ambígua com ele.
Aos poucos você vai relaxando e automaticamente seus sentidos começam a aparecer , você quer relembrar os caminho através da memoria, teve uma hora que sentir um vento frio e suave nos braços, me fazendo perceber que estava indo para fora do campos, em outro momento sentir calor nas pernas, tipico de um motor de carro ou escapamento e por incrível que pareça estava justamente passando ao lado de um carro, em outro momento enquanto conversava com meu guia, minha voz começou a ecoar, foi ai que percebi que estavamos entrando no banheiro, meu ofato também trabalhou espontaneamente e com 15 minutos de olhos vendados, já estava seguindo a voz do guia, menos preocupado e mais seguro, apesar que, ainda achava que a qualquer momento iria bater em alguma coisa ou tropeçar, comecei a procurar em meus sentidos, respostas para onde estou e onde estaria indo, e uma nova conquista de independência, é algo incrível e perturbador ao mesmo tempo, a sensação de não saber onde está e logo em seguida saber que está seguro é mesmo intrigante.
Mais uma vez o homem prova que sobreviveu a todos esses anos por saber se adaptar, por saber se auto ajustar a qualquer situação.
Mais uma vez o homem prova que sobreviveu a todos esses anos por saber se adaptar, por saber se auto ajustar a qualquer situação.
"O ser humano a tudo se adapta e a tudo supera. O homem disciplina sua mente é o homem que domina a sociedade. A verdadeira felicidade consiste em se auto conhecer, pois quem se conhece se valoriza e descobre que é feliz"
Luran Guimarães
"Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?" Guimarães Rosa
Universidade Federal do Sul da Bahia
Movimentação Espacial na Região Sul e Extremo Sul da Bahia (Efeitos Migratórios)
Trabalho Avaliativo do componente curricularDesenvolvimento Regional e NacionalDiscente: Fredson Pereira de Oliveira SantosOrientador: Paulo Dimas
1.
INTRODUÇÃO.
O objetivo deste trabalho e fazer uma breve avaliação da ocupação espacial e os efeitos causados por essa transformação na região Sul e Extremo Sul da Bahia no âmbito do Desenvolvimento Regional, com intuito de gerar discussões a cerca de sua heterogeneidade territorial, suas especificidades, problematizando suas contribuições e consequências ao meio introdutório.
Para isso, faremos uma passagem superficial pela história do Desenvolvimento Regional e Nacional do Brasil, para que possamos entender um pouco as mudanças decorridas ao longo das últimas décadas, sua ocupação territorial, dando ênfase a Dinâmica Econômica Espacial a partir da década de 70.
2. METODOLOGIA.
Em relação a nossa pesquisa, utilizaremos referências bibliográficas para uma análise substancial do tema abordado, e recorrendo a Minayo (2012. Pág. 623).
“Para tornar o objeto um
construto científico é preciso investir no conhecimento nacional e
internacional acumulado, dialogando com ele ou em torno dele, caso não haja
estudos sobre o mesmo assunto, como ocorre nas investigações exploratórias.
Feita a análise das fontes de pesquisa, o investigador deve escolher o marco
teórico que vai adotar, detalhando os conceitos, as categorias e as noções que
fazem sentido para sua pesquisa”.
Achamos o método qualitativo mais apropriado
em decorrência das diferenças e diversidades existentes no território Nacional,
bem como as particularidades e singularidades existentes na Região Sul e
Extremo Sul da Bahia. Faremos uma descrição espacial dessa Região para melhor
compreender esses fenômenos migratórios ocorridos nas últimas décadas.
3. DESENVOLVIMENTO REGIONAL NO BRASIL NA DÉCADA DE 70.
Década de 70, o Brasil ainda
sob a ditadura militar, vivia as sombras da repressão, mesmo assim, a economia
Brasileira vivia um momento de euforia, era a metropolização do País que teria
naquele momento uma grande movimentação espacial, era a migração interna,
pessoas se deslocando das cidades de pequeno e médio porte, para as grandes
cidades do país, reflexo da situação do Brasil naquele momento, um crescimento
da economia impulsionado pelas diretrizes governamentais de 67. “Este
desempenho foi decorrência das reformas institucionais e da recessão do período
anterior, que geram uma capacidade ociosa no setor industrial e as condições
necessárias para a retomada da demanda. Além disso, o crescimento da economia
mundial também permitiu a superação das taxas históricas de crescimento”¹,
que contemplava principalmente a iniciativa privada.
4. MOBILIDADE ESPACIAL NA DÉCADA DE 70
Em contrapartida, os métodos
adotados pelo Estado para retomar o crescimento econômico nos deixou alguns
problemas, como por exemplo; A mobilidade espacial. “A própria evolução
histórica do capitalismo permitiu que, principalmente as teorias neoclássicas
admitissem as relações entre mercado de trabalho e bens salários como fatores
de deslocamentos migratórios em função da busca de emprego e renda. Assim, a
industrialização explicaria a migração para as cidades; a espacialização do
desenvolvimento e o diferencial de renda as migrações inter-regionais²”.
E bem de fato que essa movimentação espacial foi fortemente influenciada pelo surgimento dessas grandes metrópoles e a industrialização do país, vale lembrar também que o sistema capitalista e neoliberalismo fortemente instalado no país, propiciaram a uma centralização de poder e recursos na Região sudeste, ocasionando um grande fluxo de movimentação espacial. Chamados de Área de Atração, esses territórios que recebem população de outras áreas, tem como principais atrativos, melhor oferta de emprego, maior facilidade de crescimento e acesso a bens de consumo.
Paralelamente a esses eventos, a região Sul e Extremo Sul da Bahia viviam situações diferentes entre si, no extremo sul, por exemplo, com a implantação da BR101.
“Esta região passou a concentrar atividades
industriais, em especial as do ramo madeireiro, mola propulsora do
desenvolvimento econômico da região desde seus primórdios com a exploração do
Pau Brasil e de outras madeiras nobres”. (Fontes e Sylvio 2005, pag. 2).
Foi assim que à Região Extremo Sul da Bahia
sobreviveu, porém, é bom dar destaque também às atividades de turismo nos
municípios da costa litorânea da região, que uma das ocupações mais antigas. “É
uma região onde a beleza natural e as marcas do passado colonial impulsionaram
suas cidades para o desenvolvimento de atividades turísticas”. (DE OLIVEIRA
FONTES; Ednice, BANDEIRA DE MELLO E SILVA E SYLVIO; Carlos, 2003).
Já na Região Sul da Bahia, o desenvolvimento
da região tinha chegado ao auge, o cacau era o principal causador desse impulso
socioeconômico na região, a cidade de Ilhéus, além de ser ponto turístico, se
tornou referência mundial no cultivo do cacau, o sistema cabruca instalado na
região a mais de 200 anos, era o principal mantenedor e conservador da Mata
Atlântica, seu método consiste em cultivar cacau a sombra de Arvores da Mata
Atlântica, mantendo a heterogeneidade e biodiversidade da região.
Com a chegada e disseminação rápida da
vassoura de bruxa (vassoura de bruxa é uma Doença causada pelo fungo
Moniliophtera perniciosa). Essa doença prejudica o desenvolvimento do fruto,
deixando-os secos como uma vassoura³. A região entrou em crise, logo o cacau
deixou de ser negociada nas bolsas de valores, por esse motivo a região entrou
em um declínio econômico, perdendo capital e investimentos.
5. DISCUSSÃO
Cenário socioeconômico e espacial entre décadas de 70 e 90
A concentração industrial “batera no teto” nos anos 70 tende a modesta desconcentração
Historicamente
as cidades que compõem o Sul e Extremo Sul da Bahia são diversificadas em quase
todos os segmentos, seja eles de cultura e nações como Índios, quilombolas,
filhos de miscigenação de povos, europeus e Africanos, Europeus e Índios,
Índios e africanos, com isso, é de se imaginar uma grande variedade cultural, e
por que não, identidades culturais únicas vinda dessas misturas. Por tanto,
grande parte dessa biodiversidade e heterogeneidade mantida ate os dias de
hoje, deve-se as praticas e saberes dessas nações, Sempre deixados de lado pela
sociedade capitalista e excluidora, pela industrialização centralizada, pela
falta de interesse estatal em valorizar seus conhecimentos adquiridos
implicitamente, nunca desanimaram ou se deixaram induzir pelas ofertas de
evolução ditada pela mídia, com aval da sociedade burguesa, fica claro que
essas nações possuem conhecimentos que precisam ser analisados e discutidos em
prol de um desenvolvimento sustentável e equilibrado.
BR: herança da concentração no Sudeste/Sul
e desigualdade RENDA PER CAPITA
Esses mesmo conjuntos de ideologias, como já
dizia Karl Heinrich Marx (1818–1883), “conjunto de ideias que mascaram a
realidade”. Ditadas pela burguesia, apenas mascararam as já gritantes e
inaceitáveis indicies de desigualdades no Brasil; com hegemonia do mercado,
desrespeitando a heterogeneidade do país, desenvolvimento econômico
fragmentado, dispersão passiva, com isolados grupos econômica, comandada pelo
próprio mercado. Migração descontrolada, e uma sobrecarga de ocupação dos
espaços de maior fluidez econômica. Com um maior controle das empresas
privadas, muitos filhos de nordestino, especificamente da região Sul e Extremo
Sul da Bahia, migraram para a região sul e sudeste do país. Sem contar no surgimento
de favelas, crescimento da miséria, violência e criminalidade resultado da
ociosidade e pobreza nas cidades pequenas e de médio porte na Região Sul e
Extremo Sul da Bahia. Segundo (Santos, 2002, p. 125), citado por Fontes e
Sylvio (2005, pag. 8),
“A cidade, sobretudo a grande cidade, é
– e o será ainda por muito tempo – a escala ou o ponto final das migrações
generalizadas, ao mesmo tempo em que não são criados novos empregos e que as
preocupações de ordem social não são prioritárias. O resultado pode ser
previsto: a agravação da chamada crise urbana... O campo, cada vez mais vazio
de gente e mais carregado de capital... os afrontamentos dedem lugar, em cada
região, a formas mais homogêneas de vida e de ocupação da terra”. (Santos,
2002, p. 125).
“Assim,
é importante que o planejamento disponha de estudos que identifiquem padrões
demográficos diferenciados existentes no interior das regiões [...] pode trazer
para o processo de definição de estratégias e direcionamento de políticas e
recursos”, (Fontes e Sylvio, 2005, pág. 9).
5.1.
Cenário
Atual Socioeconômico nas Regiões Sul e Extremo Sul da Bahia
É evidente que, a transformação da Região
nas ultimas décadas é perceptível, ainda modesto, porém, já é um avanço quando
se compara a décadas anteriores. Isso se deve a uma grande abertura comercia,
uma maior priorização a integração competitiva forçando uma descentralização
espacial, reduzindo de forma considerável os custos de investimento, esse fator
se deve à maior utilização de tecnologias; aproximação dos polos industriais ao
consumidor final, incentivos fiscais são formas que também contribuíram para
esta transformação. Não podendo esquecer-se do investimento em mão de obra com
recursos humanos qualificados e diálogos entre iniciativa privada e
instituições.
Outro ponto importante que se deve destacar
é a priorização das já dinâmicas áreas de produção existentes nas Regiões Sul e
Extremo Sul da Bahia (Agrícolas, agroindustriais, agropecuárias e indústrias já
instaladas) e as mais recentes medidas adotadas pelo governo, principalmente na
era Lula, que e de interiorização das universidades, despolarizando o
conhecimento, agregando valores ao interior dos Estados, principalmente os mais
afetados pela desigualdade sócia regionais, estabelecida nos anos anteriores ao
seu governo.
6.
CONCLUSÃO
Hoje ainda se escuta falar em governo mais ativo, mais presente, regulador, entretanto, a difícil missão de lidar com o empresariado tem que ser quebrada aos poucos, de forma segura e sustentada em parceria, ficando para o Estado a regulamentação, fiscalização e coordenação do mercado. Atualmente o governo tenta dialogar com todos os seguimentos, procura conhecer as necessidades tanto da classe trabalhadora quanto da patronal. Como resultado, rodovias foram concedidas para a exploração com pedágios, em contrapartida as empresas mantêm a manutenção e oferece serviços aos condutores. Incentivos fiscais, capacitação de pessoas, doação e aluguel mais barato de espaços para instalações são formas de atrair grandes indústrias para localidades remotas, viabilidade de recursos humanos, meios de escoar produtos, recursos tecnológicos, também são atrativos para grandes corporações, essas são formas utilizadas pelo estado que podem ou não minimizar a desigualdade e a descentralização econômica no Brasil.
Referências
Bibliográficas:
¹zemoleza.com.br - Do
Crescimento Acelerado à Crise: O Brasil na Década de 70, Graciano Victor,
Disponível
em:<http://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/humanas/economia/do-crescimento-acelerado-a-crise-o-brasil-na-decada-de-70/>.
Acesso em 10 de novembro de 2015.
³observatoriogeograficoamericalatina.org.mx
- DESIGUALDADES REGIONAIS NO EXTREMO SUL DA BAHIA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES,
Ednice de Oliveira Fontes, Sylvio Carlos Bandeira de Mello e Silva, Disponível
em <http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal10/Geografiasocioeconomica/Geografiaregional/13.pdf>.
Acesso em 10 de novembro de 2015.
ARAUJO; Tânia Bacelar de,
“Por uma politica Nacional de Desenvolvimento Regional, Revista Econômica do
Nordeste, Fortaleza, v. 30, n. 2, p. 144-161, abr.-jun”. 1999.
FONTES; Ednice de Oliveira¹,
SYLVIO; Bandeira de Mello e Silva², “DESIGUALDADES REGIONAIS NO EXTREMO SUL DA
BAHIA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES” Anais do X Encontro de Geógrafos da América
Latina – 20 a 26 de março de 2005 – Universidade de São Paulo.
CERQUEIRA NETO; Sebastião P.
G, “UM RECORTE GEOGRÁFICO SOBRE AS CONTRADIÇÕES DO DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO
SUL DA BAHIA”, Anais do I Circuito de Debates Acadêmicos. Code 2011.
MARTINE, George, TEXTO PARA
DISCUSSÃO N º 329 “A Redistribuição Espacial da População Brasileira Durante a
Década de 80” JANEIROS DE 1994.
Universidade Federal do Sul da Bahia
Universidade Federal do Sul da Bahia
Atividade de Fichamento dos textos
1. Uma globalização do espaço (Milton Santos)
2. Territorialidade e cultura (Milton Santos)
Docente: Evani Tavares
Discente: Fredson Pereira de Oliveira Santos
Data: 09/12/2015
.
Uma globalização do espaço Milton Santos
O texto de Milton Santos fala dos conflitos socioeconômicos causados pelas empresas ao colocar seus interesses em primeiro plano, interesses esses, universalizados e desterritorializados. Seguindo seus parâmetros como norma, a ocupação do espaço local é globalizada trazendo transformações e modificando à medida que os interesses globais se instala nas localidades, quando o autor diz; “As diversas empresas regulam as suas necessidades produtivas segundo regras que estabelecem”, ele considera que a ocupação de um determinado espaço/local feita por determinada corporação, tem como objetivo principal o fortalecimento da mesma, não objetivando a saúde local, más sim, o enriquecimento próprio, gerando conflitos entre empresas e comunidades locais, por vez de ordem ambiental e sugando recursos públicos que poderia ser destinados a soluções de problemas sociais, podemos enfatizar também, que os interesses dessas grandes empresas, por serem multinacionais, se caracterizam por objetivar apenas lucros e crescimento, as comunidades locais tendem ao crescimento local e preservação do seu espaço. O autor salienta em seu texto que esses mesmos locais para serem escolhidos, precisam ofertar condições necessárias a instalação das corporações, são formas universais de conectar um ponto ao restante do mundo, tornando o espaço mediador entre o mundo e o territorial. É difícil dialogar quando está em desvantagem, digo, localidade remota e sem qualquer atrativo, infraestruturas viárias precárias, mão de obra desqualificada e comercio de pequeno porte.
Territorialidade e cultura
Nesse pequeno texto de Milton Santos, disponibilizado para reflexão, o autor faz uma explanação a cerca da perda identitária cultural do individuo quando, o mesmo influenciado pelo processo capitalista consumista, tem seu meio transformado por esse processo ou quando, o individuo deixa seu meio para galgar capital em território desconhecido. O autor, ao citar essas buscas, compreende que o individuo, na procura de uma posição/status social melhor, se torna alienado, desculturalizado de raiz, passando a ser mais um objeto de unificação cultural homogenia, entretanto, o mesmo indivíduo sendo ele pobre e inerte em seu quadro social, tende a desvencilhar das armadilhas consumistas, tornando-se mais territorializado com o seu meio inicial, onde nasceu e por consequência menos alienado. È importante lembrar que nesse processo de migração, o individuo passa por uma transformação e readaptação cultural bastante severa.
A capacidade que o ser humano possui para tal, ainda que bastante evoluída, é demorada e muitas vezes traumática, vejamos, por exemplo, filhos de nordestinos que a procura de uma vida mais digna para si e para seus familiares, permearam o território nacional, tendo principalmente o Sudeste como ponto de chegada, devido a grande concentração de indústrias, capital e ofertas de trabalho, esses mesmos cidadãos, mesmo que ainda mantendo laços culturais com sua terra natal, tiveram que se adequar a essas novas culturas, a primeira impressão diz o autor, é de medo, susto, confirmado por quem vós escreveis, o individuo não consegue perceber o seu “ser” em meio a tantas transformações e uma infinidade de pares na mesma situação, ou seja, em conflito com o seu próprio significado/essência, não consegue diluir sua origem e nem absorver a nova cultura em sua totalidade, nesse sentido, o individuo internamente, opta por externar seu ser originário num primeiro momento, a fim de socializar e readaptar mais rapidamente, é como esvaziar um recipiente, mas não jogar seu conteúdo fora, guardá-lo e a medida que se constrói uma nova identidade, o individuo vai colocando e mesclando as duas culturas. Como o mesmo Milton Santos diz, “Que a cultura de massas é indiferente a ecologia social".
Ela responde afirmativamente à vontade da uniformização e indiferenciação que é, Frequentemente, exterior ao corpo”, entretanto, discordo quando o autor constrói sua ideia, afirmando que o individuo na busca por uma reconstrução da sua identidade acaba por ser desenraizado. Acredito que essa nova cultura, não é nova em sua totalidade, seu passado e sua origem ainda que omitido, preenche uma espaço no seu “ser”, mesmo que pequeno, porém, muito marcante e individual, é a origem do seu “ser” e da sua existencialidade.
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